Antero de Quental-pintura de Rafael Bordalo Pinheiro
Museu do Chiado
Antero
Tarquínio de Quental, poeta, filósofo e político nasceu em Ponta Delgada, ilha
de S. Miguel, Açores, em 18 de Abril de 1842.
Frequentou a Universidade de Coimbra, tendo passado depois algum tempo em
Paris. Viajou pelos Estados Unidos e Canadá, fixando-se em Lisboa.
Desde de jovem que se destacou pelas suas opiniões revolucionárias e pela
forma de estar na vida. Lutador e muito coerente com os seus ideais inovadores
e socialistas, tão avançados para a época, que seguiu rigorosamente, Antero foi
admirado e respeitado. O seu pensamento encontra-se distribuído pela poesia,
filosofia e política.
Frequentou a Universidade de Coimbra, tendo passado depois algum tempo em
Paris. Viajou pelos Estados Unidos e Canadá, fixando-se em Lisboa.
Foi um dos
fundadores do Partido Socialista Português. Em 1869, fundou o jornal A
República, com Oliveira Martins, e em 1872, juntamente com José Fontana, passou
a editar a revista O Pensamento Social.
Antero
defendia a poesia como Voz da Revolução, como forma de alertar as consciências
para as desigualdades sociais e para os problemas da humanidade.
Para Antero
de Quental, os ideais da fraternidade e solidariedade não poderiam ser em vão.
Foi dos primeiros a trazer o socialismo, o republicanismo e o marxismo para a
discussão pública.
Foi o maior
poeta do Realismo português. Pertenceu à chamada Geração de Setenta, grupo que
pretendia renovar a mentalidade portuguesa. Nota-se nas suas obras preocupação
com os problemas filosóficos e sociais de seu tempo.
Casa de Antero de Quental
Ponta Delgada, S. Miguel, Açores
Antero atinge
um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos,
dos melhores da língua portuguesa. Os sonetos de Antero têm inegável sabor
clássico, quer na sua muita musicalidade quer na análise de questões universais
que afligem o homem.
Em 1886 foram
publicados os Sonetos Completos, coligidos e prefaciados por Oliveira
Martins.
Em 1874 adoeceu de psicose maníaco-depressiva, que desde então o afligiu e
o seu estado de depressão era permanente. Em Junho de 1891, regressou a Ponta
Delgada, acabando por suicidar-se dia 11 de Setembro de 1891, com um tiro no
ouvido, disparado num banco de jardim de um convento, no Campo de São Francisco
Xavier.
Os seus
restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta
Delgada.
Devido à sua estadia em Vila do Conde, foi criada nesta cidade, em 1995, o
"Centro de Estudos Anterianos".
Fontes:
- Antero de Quental-Bibliografia e Iconografia-1º.
Centenário da Morte, publicação da Câmara Municipal da Amadora-Pelouro da
Cultura; -FOCUS Enciclopédia Internacional; - Wikipedia
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