O
castelo de Palmela ergue-se no contraforte nascente da serra da Arrábida e dele
se avista uma extensa área de Sines a Sintra.
De
difícil acesso, possivelmente só foi ocupado em épocas de maior instabilidade
militar.
Não
se conhecem referências anteriores à sua conquista por D. Afonso Henriques
(1148), que terá reforçado a fortificação árabe e posteriormente doado aos
freires da Ordem de Sant'Iago que em 1191 retiraram perante a investida almóada.
Destruído,
foi recuperado em 1205 por D. Sancho I que confirmou a doação à Ordem de
Sant'Iago que aí instala, a partir de 1210, o capítulo da Ordem.
Em
1384, D. Nuno Álvares Pereira comunica a partir de Palmela, por meio de grandes
fogos, a sua proximidade (depois de ter vencido o rei de Castela na batalha dos
Atoleiros) ao Mestre de Avis, cercado pelos castelhanos em Lisboa.
Mais
tarde, o rei D. João I mandará proceder a obras de restauro no castelo,
principalmente na torre de menagem. Em 1423, o mesmo rei, manda construir o
convento que a partir de 1443, acolherá definitivamente os freires da Ordem de
Sant'Iago. Em 1689, D. Pedro II manda construir as muralhas abaluartadas e
revelins, preparando o velho castelo para acolher as modernas armas defensivas,
os canhões.
Em
1755, o terramoto danificou o castelo onde, apesar de tudo, continuaram a viver
os freires de Sant'Iago até 1834, data em que foram extintas as ordens
religiosas em Portugal.
Após
esta data o castelo conhecerá um período de relativo abandono, não fossem as
obras de restauro iniciadas em 1945 pelo Estado e retomadas nos anos sessenta com
o intuito de recuperar o antigo convento e aí instalar a actual pousada de
Portugal.