A
cidade de Guimarães foi seleccionada como Património Mundial da UNESCO em
Dezembro de 2001, devido à história e conservação dos seus monumentos bem como
dos edifícios circundantes, que ao longo dos anos mantiveram a sua
homogeneidade. Estes foram alguns dos requisitos obrigatórios para a
candidatura. O castelo, a Igreja Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e o Paço dos
Duques de Bragança são alguns exemplos disso mesmo. Contudo, para que esta
classificação se mantenha, terá de se continuar a preservar o seu património e
as suas culturas.
O
Largo da Oliveira, durante séculos, foi o coração do burgo vimaranense e muitos
reis, nobres e priores da Colegiada, ali deixaram gravada, na pedra, a marca da
sua personalidade e do seu zelo. É por demais conhecida a história dos
monumentos que enquadram este recatado Largo que, em séculos anteriores, viu
surgir um acentuado estilo de casas alpendradas, repletas, a partir dos
primeiros pisos, de travejamentos de madeira, protegidas a estuque, que o
decorrer dos anos foi degradando e obrigando a alterações…
Do
lado nascente, a igreja de Nossa Senhora da Oliveira está assente sobre
fundações de um primitivo mosteiro, do século IX. A Condessa de Mumadona fundou
este Mosteiro, dedicado a Santa Maria de Guimarães, foi reconstruído pelo Conde
D. Henrique e foi instituído em Colegiada pelo primeiro Rei de Portugal D.
Afonso Henriques.
Mais
à frente deparamos com o Padrão do Salado, alpendre gótico erguido no reinado
de D. Afonso IV para comemorar a Batalha do Salado, em 1340.
O
nosso «arco do triunfo» sito também neste Largo, isto é, os antigos Paços do
Concelho. Esta construção em arcos teve início no reinado de D.João I, século
XIV tendo sido remodelada no século XVII. Actualmente, nos Paços do Concelho
funciona o Museu de Arte Primitiva Moderna.
Passando
os claustros dos Paços do Conselho, onde se estendiam alguns vendedores de
artigos vários, chegamos à Praça de Santiago. Aqui, é crime não se parar numa
das esplanadas para se saborear uma bebida ao som de tudo que lá se passa e
passou...
Está
tudo extremamente bem tratado: por momentos, parece-nos que nos esquecemos que
estamos em Portugal, país onde existe a rua mais poluída da Europa, o rio mais
poluído da Europa... A cidade parece um brinquedo e nós fazemos parte dela.