terça-feira, 22 de novembro de 2011

Visita ao Palácio Nacional da Ajuda

O Palácio Nacional da Ajuda é um monumento português, situado na freguesia da Ajuda em Lisboa.


Origens

As origens do Paço da Ajuda remontam ao terramoto de 1 de Novembro de 1755, que destruiu praticamente toda a cidade de Lisboa, incluindo a residência do Rei, o velho Palácio da Ribeira, que estava situado no Terreiro do Paço, junto ao Rio Tejo. A família Real encontrava-se nesse dia em Belém, zona oriental da cidade onde os efeitos do terramoto não se fizeram sentir com tanta intensidade. Desta forma, o Rei D.José mandou construir no alto da Ajuda um Palácio de Madeira (com medo de um novo abalo telúrico), a que se chamou Real Barraca. Aí viveria até morrer, em 1777. A sua filha e sucessora, D.Maria I habitavam, desde o seu casamento com D.Pedro III, o Palácio de Queluz, pelo que a construção de um novo Palácio Real só foi decidida na sequência de um incêndio que destruiu a Real Barraca, em 1795. Decidiu então o Príncipe Regente D.João fazer construir o actual edifício (começado a erguer no início do século XIX ao gosto neoclássico),  que ficou incompleto devido às invasões francesas, que obrigaram a família real a retirar-se para o Brasil.

Actualmente

Encerrado durante vários anos, apenas no Estado Novo o Palácio seria transformado em Museu, continuando a servir de cenário às recepções oficiais do Estado.

As luxuosas salas estão decoradas com papel de seda, porcelanas de Sèvres e candelabros de cristal. Um dos exemplos do luxo real é a extraordinária Sala Saxe, um presente do rei da Saxónia a Maria Pia, em que todas as peças de mobiliário estão decoradas com porcelanas de Meissen. No piso térreo conservam-se ainda relativamente intactos os aposentos de D.Luís I e de D.Maria Pia.

No primeiro andar, o enorme Salão de Banquetes apresenta candelabros de cristal, cadeiras forradas a seda e uma alegoria ao nascimento de D. João VI nos afrescos do tecto, o que é realmente impressionante. Na outra extremidade do palácio, o estúdio neogótico de D. Luís I é decorado com mobílias refinadamente esculpidas. São ainda particularmente imponentes as Salas do Trono, dos Embaixadores e de D.João IV, que são ainda utilizadas pela Presidência da República para recepções e cerimónias de estado, nomeadamente a posse dos Governos Constitucionais.

Foi classificado como Monumento Nacional em 1910.

No dia 15 de Novembro a nossa Universidade realizou mais uma visita de estudo rumo ao Palácio Nacional da Ajuda, onde visitámos os Aposentos Privados e o Andar Nobre, acompanhados por uma guia que nos orientou durante todo o percurso.

Para recordar esta tarde bem passada aqui ficam algumas fotografias.









sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Visita ao Museu Nacional do Traje e Parque do Monteiro Mor





Fachada principal do Museu Nacional da Moda e do Traje, na Quinta do Monte-Mor.


No passado dia 11de Outubro visitamos o Museu Nacional do Traje e o Parque do Monteiro Mor. 
Aqui ficam algumas imagens para recordar..




Parque Botânico do Museu do Traje e da Moda
“Poucas milhas distante de Lisboa, para o interior, está situada a povoação do Lumiar, que passaria talvez despercebida aos habitantes da capital se não fosse o palácio do Duque de Palmela com os seus belos jardins, o que a salva do esquecimento e lhe dá uma reputação, que já se estende além das fronteiras portuguesas (…) Terraços com belas vistas, cheios de tabuleiros de flores, alternam-se aqui com doces vales e pitorescas ladeiras. Encantadoras grutas e lagos, onde se espaneja a Bambusa gracillis   e a B. nigra , dão realce ao composto geral, desenhado com muita perícia”.
Assim era descrito o Parque Botânico em 1875, então na pertença da família Palmela, no Jornal de Horticultura Prática, considerando-o um dos ”Jardins Notáveis de Portugal”, conforme o título de um artigo integrado naquele periódico da autoria de Edmond Goeze.
Localizado na freguesia do Lumiar, o Parque Botânico do Museu do Traje e da Moda teve origem no século XVIII como jardim botânico privado, sendo um dos três primeiros em Portugal, a par do da Ajuda e do de Coimbra, tendo como mentor comum Domenico Vandelli. Depois, no século XIX, estando já a Quinta na posse do duque de Palmela, manter-se-á a continuidade desse espírito de representação da diversidade botânica, através da introdução das espécies mais notáveis que ainda hoje possui, sendo na sua grande maioria exóticas.
Actualmente, o Parque é um jardim público que continua a valorizar a sua vocação de parque botânico, pela atenção especial ao incremento do elenco florístico representado e pela divulgação com placas identificadoras e sinalização adequada. A existência de uma interessante colónia de morcegos nas grutas e galerias associadas ao palácio (de grande importância para o equilíbrio ecológico e ambiental), e de um leque variado de espécies de avifauna, residente ou sazonal, fazem deste Parque também um local de grande valor biológico e paisagístico.
Situado na periferia da cidade de Lisboa, o Parque constitui um exemplo genuíno das tradicionais quintas de recreio portuguesas. Associado à casa ou ao palácio, surge o jardim com lagos e cascatas, depois a horta, o pomar, a zona de plantas aromáticas e finalmente a mata. O Parque Botânico é atravessado por uma linha de água de regime torrencial, que entra em conduta enterrada a meio do seu percurso (construída quando o jardim foi iniciado, no século XVIII), até desembocar à saída num colector camarário.



O Museu Nacional do Traje e da Moda situa-se no Palácio do Monteiro-Mor, na freguesia do Lumiar em Lisboa.
O Palácio Angeja-Palmela foi mandado construir por D. Pedro José de Noronha, 3º Marquês de Angeja, durante o Século XVIII, perto do local onde existira o Paço de D. Afonso Sanches, filho natural de D. Dinis. De autoria desconhecida, o edifício foi construído sob influência da arquitectura pombalina, desenhando-se em duas fachadas, uma das quais termina com a Capela. Da construção primitiva resta-lhe apenas uma ombreira quinhentista, que se encontra numa residência contígua ao Palácio, e algumas estruturas arquitectóncas.
A entrada principal do Palácio desenvolve-se como uma galilé e a articulação entre os andares é feita por uma escada de quatro lanços rectos. Nas salas destacam-se os tectos de masseira, os estuques, as pinturas ornamentais e alguns milhares de azulejos setecentistas. Em 1840, o edifício é adquirido por D. Pedro de Sousa e Holstein,  Marquês de Palmela e mais tarde 1º Duque de Palmela, que levou a cabo obras de beneficiação do Palácio, entre as quais a reconstrução do pavilhão neo-gótico, hoje ocupado pelo restaurante do Museu Nacional do Traje.
A partir da II Guerra Mundial, o Palácio passou a funcionar como colégio religioso de belgas refugiadas, até que, em 1975, o Estado Português adquire a Quinta do Monteiro-Mor, que, para além do Palácio Angeja-Palmela, compreende o Palácio do Monteiro-Mor, uma casa do Século XVIII, o Jardim Botânico e uma zona verde com onze hectares.
Em 1977, o Museu Nacional do Traje abria então as suas portas ao público, sob a direcção da sua fundadora.







Terminamos a visita no maravilhoso Parque do Monteiro  Mor.